O Poeta, O Cientista, A Lua
O poeta, o cientista, a lua.
Não há mais como explorar a lua?
O poeta sempre fez o que o cientista só sonhou.
O cientista tropeça em números, em fórmulas que aterroriza e embasbaca o mundo.
Para acessar a lua, o cientista precisa de máquinas complicadas, que consigam vencer a gravidade e que se locomovam perfeitamente no vácuo do espaço sideral.
O poeta precisa de pouco. Precisa somente do olhar especial, que vê muito além do que os olhos enxergam. O poeta vê com a integridade do seu ser, com o coração, com o pensamento, com o sonho que se realiza ao declamar o que viu e ouviu. Sim! O poeta ouve o amor em resposta ao amor que seu olhar emanou.
Sim! Na poesia a lua poderá ser explorada eternamente. Ainda que pela má ciência ela deixe de existir, na poesia ela foi eternizada.