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Doces lembranças passeiam nos olhos e tudo o que grita reside no silêncio nevado das horas. Outrora quintal de emoções, alinhavo nas mais profundas peripécias do coração. Quem sabe um toque infantil nas tristezas silenciadas, nos risos partilhados.
Um enxergar sempre além do possível. Acaso não seria eu a força criativa dos meus intentos?
Que seja eu mulher, flor ou deserto, sou um misto de expressões incalculáveis, um turbilhão de força entre lago e mar. Extensão completa do meu infinito redefinido agora.
E se viro poeira e flutuo, sei mais de mim que ninguém nunca saberá. Sou minha incógnita nas mais afáveis recordações que o tempo gentilmente desenha oráculo em minha pele.
E sinto saudades dos idos, dos amados, até dos esquecidos. Saudades com cores de alegria. É assim que eu sou, intensa e inadiável. Muito para qualquer pouco.