PERDOAR
Hoje abracei meu filho, já adulto;
Pediu me perdão por um fúria repentina. Perdoei.
Já fui jovem e entendo desses roupantes; são como chuvas de verão, repentinas e como resposta furiosa a um calor escaldante.
Perdoei porque é de meu coração e de minha idade, neste momento, perdoar.
Perdoei pois também, assim percebo, lhe digo, sem discursos de soberba, que sempre haverá a possibilidade do arrependimento,
E que perdoar nos salva de nosso orgulho cego,
Mas, principalmente, perdoei, porque o amo inexoravelmente.
Espero ser perdoado também, pois um dia não poderei abraça lo e dizer; "tá tudo bem "