PERDOAR

Hoje abracei meu filho, já adulto;

Pediu me perdão por um fúria repentina. Perdoei.

Já fui jovem e entendo desses roupantes; são como chuvas de verão, repentinas e como resposta furiosa a um calor escaldante.

Perdoei porque é de meu coração e de minha idade, neste momento, perdoar.

Perdoei pois também, assim percebo, lhe digo, sem discursos de soberba, que sempre haverá a possibilidade do arrependimento,

E que perdoar nos salva de nosso orgulho cego,

Mas, principalmente, perdoei, porque o amo inexoravelmente.

Espero ser perdoado também, pois um dia não poderei abraça lo e dizer; "tá tudo bem "

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 08/08/2023
Código do texto: T7856047
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