JÓ À DERIVA NO ESPAÇO

Na esfera da razão, o desalento diante de prolongadas provações

No espírito escondeu-se o rosto, e ao inimigo liberadas as ações

Entregue ao sabor das ondas e dos ventos restam as emoções

E a Glória do Senhor está oculta, para desvanecer as ilusões

Os dias ficaram demasiadamente longos, sem as inspirações

Na mente sem descanso evoluem todas as piores contradições

Toda a família envolvida pelo inimigo, no martírio das exposições

E recuaram as esperanças, de que viessem a ocorrer intervenções

Vinte anos, dedicados com todo o entusiasmo às gratas revelações

Sempre na expectativa que no devido tempo, viriam as frutificações

Tal nunca ocorreu, nem uma semente brotou e abaixo as pretensões

Talvez, faça parte do projeto, provocar todos os tipos de frustrações

E foge da razão essa compreensão do emaranhado das imposições

O desânimo ocupa os espaços neutralizando as tantas vinculações

Os pensamentos desconexos flutuam pelo vácuo das abstrações

Foi-se de vez, a esperança de que ocorram novas orientações

Agora é fazer a limpeza geral a todos fazer as recomendações

Porém não esquecer de deixar para a família todas as instruções

Pedir perdão pelos erros cometidos, e conceder a todos os perdões

Resta arrumar as malas, despedir-se, descartando todas as soluções

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 05/08/2023
Reeditado em 05/08/2023
Código do texto: T7854387
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