JÓ À DERIVA NO ESPAÇO
Na esfera da razão, o desalento diante de prolongadas provações
No espírito escondeu-se o rosto, e ao inimigo liberadas as ações
Entregue ao sabor das ondas e dos ventos restam as emoções
E a Glória do Senhor está oculta, para desvanecer as ilusões
Os dias ficaram demasiadamente longos, sem as inspirações
Na mente sem descanso evoluem todas as piores contradições
Toda a família envolvida pelo inimigo, no martírio das exposições
E recuaram as esperanças, de que viessem a ocorrer intervenções
Vinte anos, dedicados com todo o entusiasmo às gratas revelações
Sempre na expectativa que no devido tempo, viriam as frutificações
Tal nunca ocorreu, nem uma semente brotou e abaixo as pretensões
Talvez, faça parte do projeto, provocar todos os tipos de frustrações
E foge da razão essa compreensão do emaranhado das imposições
O desânimo ocupa os espaços neutralizando as tantas vinculações
Os pensamentos desconexos flutuam pelo vácuo das abstrações
Foi-se de vez, a esperança de que ocorram novas orientações
Agora é fazer a limpeza geral a todos fazer as recomendações
Porém não esquecer de deixar para a família todas as instruções
Pedir perdão pelos erros cometidos, e conceder a todos os perdões
Resta arrumar as malas, despedir-se, descartando todas as soluções