Quando me deixaste em mais uma madrugada, tonta de lhe ter bebido um pouco e solta, depois de adormecer presa em teus braços. Tu somes como um filho pródigo da aurora que levanta... Te olhei sumindo entre o meu desejo de ficar. E te printei como uma obra prima do mistério, que te move.
Ah Alma de violento poder... De uma alegria fecunda, que me cala na tristeza do silêncio. Que paralisa meus sonhos, e ainda assim, feliz sou mesmo sentindo a tristeza...
Teus braços e um vento oceânico que me bagunça o ser entre ódio, desejo, calma, amor... Presença ausente de teus instintos frios sob os meus tão quente!
Eis que possui olhos acesos, cheios de inocente luxúria um sex apill enigmático de posse que desvela segredos e desejos tão íntimos que dói uma dor amorosa de tão único que o teu ser arranca sem pena ou sentimento aparente...Que nasce do fundo espinhoso das mágoas e aflora tão amorosa da vida sendo domada.
Como a aurora com o despertar aquecido te olhei longo e teus olhos incerto não aqueceram os meus e assim, seguiste teu caminho, voltaste teus olhos para a tua vida e tempo.
Um primitivo encanto habita teu ser, um Bárbaro e sutil aconchego dentro do teu peito... Será que sentes algum pouco de amor? Ou matas teu instintos ao se alimentar sem piedade de mim?
Repare, o desejo flerta com a loucura e se comem violentando a dúvida, e decifrando todos enígmas que some, silencia e aparece, depois que se vive intensamente algum conflito da própria alma. Há de ter um segredo de todos os seus tormentos, vagando entre os homens sensatos e puritanos. Enquanto que tu - um anjo errante... Ausente de qualquer anseio, ou lembrança. Um ser que se dilui no universo e segue desaparecendo aparentando nem homem, nem anjo. O demônio que liberta minhas bestas e se instala em mim...
Um domador de minhas feras bestificadas. Libertas na sala, dançando envolta de mim...
(.)