ME SURPREENDA, VAMOS!
Diga algo que eu não sei, algo que me surpreenda, me arrebate, me enlouqueça, se for preciso, mas que me abasteça. Diga algo que me salve, mesmo que eu não esteja em perigo aparente, fale alguma coisa estranha ao meu universo, que me desconstrua e ou me desconforte. Me desloque de meu eixo, me acerte, em cheio, em algum lugar frágil, que não eu conhecia em mim.
Apareça com uma surpresa, algo inusitado e desesperador, mas também envolvente, como uma teia, uma armadilha intincicra, um estratagema elaborado, digno de Agatha Kristi.
É necessário, mais do que nunca, estarmos em alerta, para que aquele mofo, inerente a preguiça do cotidiano, não se alastre, nos tome por inteiro e nos torne tão insensíveis a ponto de não nos permitir um suspiro, mesmo que seja o último.