Das pétalas das Rosas ao vento
E chega manso em brisa
Se agiganta nos contornos
Batendo nas íngremes paredes
O vento que varre e açoita
Após demasiado crescimento
Pétalas das rosas caem todas
Uma a uma arremessadas ao chão
Sem motivo, culpa ou acusação
Já sem vida; mas o perfume
Enebriam todo o caminho
Da cidade aos arredores
Ali passam: alunos, trabalhadores
Mendigos, professores
Mágicos, empreendedores
Motoristas, corredores
Beatas rezando, pastores
Numa noite vazia,
Escura sinistra, pavores.
Não escapam o cão, o gato, roedores.
Todos são pegos de surpresa.
Mas seguem sua trilha.
Pai, mãe e filha
Todos independente do destino
Passam pelo caminho acarpetado
Das pétalas das Rosas
Caídas ao vento forte
Que varre do Sul ao Norte
Numa noite de agosto