Teatro dos horrores
Vamos combinar assim:
Você para de dar show
E eu paro de fazer cena
E assim paramos de disputar
O papel de protagonista
Porque somos bons antagonistas
Com direito à várias interpretações
Em nossas atu(ações)
Nesse monólogo enfadonho
De uma rel(ação)
Sob efeito colateral
Sem qualquer vislumbre
De um possível troféu
Nossas encen(ações)
Não convenceram a plateia
Que foi se levantando
Um a um...
até que por fim
não sobrou nenhum
E nos nossos basti(dores)
As dores estão aos berros
Decepcionadas com nossas ações
Ou falta delas
No teatro da vida
A própria é a protagonista
E nós somos apenas
Meros coadjuvantes
Ansiando melhor papel
Sem ler o roteiro
Apenas improvisando...
Porque é a vida, tão ávida
Que nos prega uma peça.