Sinestesia poética
Lendo Manoel de Barros fui manoelmente absorvendo uma porção de coisitas nenhumas, pequeninas poesias que iam se fazendo alma com poemas que me sentia...
Sinestesiei..
O dia lá fora é de alma no mundo, passariam metáforas no canto mudo do silêncio sem fundo; todo eu sou paisagem embrulhada em versos de sol que brilham no abismo cósmico destas letras sem sentido...
Ah, e como estou amando escrever-me sem direção, de alma espalhada pelo cerrado onde canta o coração!
Assim eu me caibo em tudo, bebo o mundo num só gole e embriago de onirismo...
O sentido?
Não existe...
Quem se importa com isso é gente adulta, eu sou menino, fazedor de paisagens com sabor de limbo...
Almei o mundo em cores de poesia:
Abraço o céu inteiro no sentir... venta lá fora o coração...
Um viva à metáfora!
Somos todos poesia, filhos incautos da ilusão...