Sinestesia poética

Lendo Manoel de Barros fui manoelmente absorvendo uma porção de coisitas nenhumas, pequeninas poesias que iam se fazendo alma com poemas que me sentia...

Sinestesiei..

O dia lá fora é de alma no mundo, passariam metáforas no canto mudo do silêncio sem fundo; todo eu sou paisagem embrulhada em versos de sol que brilham no abismo cósmico destas letras sem sentido...

Ah, e como estou amando escrever-me sem direção, de alma espalhada pelo cerrado onde canta o coração!

Assim eu me caibo em tudo, bebo o mundo num só gole e embriago de onirismo...

O sentido?

Não existe...

Quem se importa com isso é gente adulta, eu sou menino, fazedor de paisagens com sabor de limbo...

Almei o mundo em cores de poesia:

Abraço o céu inteiro no sentir... venta lá fora o coração...

Um viva à metáfora!

Somos todos poesia, filhos incautos da ilusão...

Fiódor
Enviado por Fiódor em 26/07/2023
Reeditado em 26/07/2023
Código do texto: T7846249
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