No jardim do coração
No Jardim do Coração.
Bem-me-quer, mal-me-quer,
No jardim do coração, flores a crescer,
Pétalas de emoções a desfolhar,
O enigma do amor a revelar.
À luz do sol, desabrocho sorridente,
Nas ternuras que a vida me consente,
Mas entre as sombras, desamparado,
Sofro os espinhos do amor magoado.
Bem-me-quer, num afago delicado,
Teço sonhos dourados, apaixonado,
Na brisa suave dos dias serenos,
Versos de encanto e desejos plenos.
Mal-me-quer, em tormentas noturnas,
Na incerteza das paixões mais ternas,
A alma chora em lágrimas sofridas,
Entre amores vividos e despedidas.
Bem-me-quer, mal-me-quer, ciclos sem fim,
Nesta roda-viva, sigo assim,
Enredado no jogo das emoções,
Entre afagos e desilusões.
Bem-me-quer, mal-me-quer, assim vou,
No caleidoscópio da vida, me dou,
Desenhando com letras o meu fado,
Neste poema de amor e pecado.
Bem-me-quer, mal-me-quer, o destino traça,
A trama que o coração abraça,
E na eterna dança dos sentimentos,
Vou desvendando meus próprios tormentos.
Bem-me-quer, mal-me-quer, na incerteza,
A busca incessante da beleza,
E, no emaranhado de cada querer,
Encontro a mim mesmo, a renascer.
Bem-me-quer, mal-me-quer, nas estações,
Percebo que os ciclos são lições,
Amar é um jardim de dualidade,
Que floresce e desabrocha na liberdade.
Assim, com todos os "bem-me-quer" e "mal-me-quer",
Eu sigo a dançar, a viver, a crescer,
No poema da vida, sempre a aprender,
Que o amor é o que importa e faz renascer.
Ro Montano __________✍️