No jardim do coração

No Jardim do Coração.

Bem-me-quer, mal-me-quer,

No jardim do coração, flores a crescer,

Pétalas de emoções a desfolhar,

O enigma do amor a revelar.

À luz do sol, desabrocho sorridente,

Nas ternuras que a vida me consente,

Mas entre as sombras, desamparado,

Sofro os espinhos do amor magoado.

Bem-me-quer, num afago delicado,

Teço sonhos dourados, apaixonado,

Na brisa suave dos dias serenos,

Versos de encanto e desejos plenos.

Mal-me-quer, em tormentas noturnas,

Na incerteza das paixões mais ternas,

A alma chora em lágrimas sofridas,

Entre amores vividos e despedidas.

Bem-me-quer, mal-me-quer, ciclos sem fim,

Nesta roda-viva, sigo assim,

Enredado no jogo das emoções,

Entre afagos e desilusões.

Bem-me-quer, mal-me-quer, assim vou,

No caleidoscópio da vida, me dou,

Desenhando com letras o meu fado,

Neste poema de amor e pecado.

Bem-me-quer, mal-me-quer, o destino traça,

A trama que o coração abraça,

E na eterna dança dos sentimentos,

Vou desvendando meus próprios tormentos.

Bem-me-quer, mal-me-quer, na incerteza,

A busca incessante da beleza,

E, no emaranhado de cada querer,

Encontro a mim mesmo, a renascer.

Bem-me-quer, mal-me-quer, nas estações,

Percebo que os ciclos são lições,

Amar é um jardim de dualidade,

Que floresce e desabrocha na liberdade.

Assim, com todos os "bem-me-quer" e "mal-me-quer",

Eu sigo a dançar, a viver, a crescer,

No poema da vida, sempre a aprender,

Que o amor é o que importa e faz renascer.

Ro Montano __________✍️

Rô Montano
Enviado por Rô Montano em 24/07/2023
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