POR ANDARÃO OS AZUIS QUE MEUS OLHOS NÃO VÊEM?
Os azuis do céu se perdem
Com a névoa suja
Suja pela poluição
Dos Homens sujos.
E os Verdes
Derramados pelos vales e montes
Que os Homens insistem
Em destruir?
Por onde andarão
Os Rios de minha infância
Onde me banhei tantas vezes?
Por onde andarão as nuvens
Da minha querida Mantiqueira
Por onde tantas vezes
Subi e desci?
Por onde andarão
Meeus amores de adolescente
Que tantas vezes as beijei?
Por onde andará
Meu Vale querido
Do Bravo e Resistente
Rio Paraíba?
Por onde andará
O Bicão onde nos banhamos
Tantas vezes em suas águas frias da serra?
Por onde andará
O Coração de um Senhor
Que sente Saudades
De sua infãncia viva
Em sua memória?
Talvez vá brincar de se apaixonar
Pelos contornos da Serra
Que se espraiam
Como o Corpo de uma Mulher.
Vou aproveitar e colocar um texto de Carl Jung que copiei de um belo escrito da recantista Lélia;
* Esse momento é inesqquecível,pois iluminou,à maneira de um relâmpago,o caráter de eternidade de minha infância.*