Ciclo
Preso a um ciclo interminável de dolorosas repetições, ele se vê numa perpétua catástrofe. Batalhou contra seu inconsciente, mas facilmente perdeu. Juntou as migalhas da esperança escorrida, porém no fim, as desilusões o desaguaram. Sentiu-se vil, limítrofe aos seus próprios limites, e quando se iluminou com a realidade, era tarde. Todos ao seu redor foram embora, como quem parte da vida ao cadáver. Partiram num axioma inexorável, sem delicadeza às suas súplicas. Deste redemoinho sem vento, a não ser sua mente, os gemidos de seu prazer gentilmente converteram-se em ruídos do inferno.