Ostracismo
Nem sei dizer se ainda existo
Não mais inspiro, apenas expiro
Tentando expurgar tanto pesar
E num estágio inconsciente
Inconsequente...insisto reclusa
Insisto em parir versos no grito
Extrair a fórceps toda dor latente
No clamor gélido das madrugadas
Reviro-me do avesso, retalho a carne
Evado desta alma que se apaga
Nem sei se ainda existo
Restam-me palavras quebradas
Mastigadas e engolidas por instinto
Delírios bardos, densos versos
...no vácuo desse meu ostracismo