Multiversa
Não acredite em tudo que eu penso, falo ou escrevo. De modo algum me leve tão a sério. Sou maré. Sou mutante. Pode ser apenas um crime perfeito. Uma farsa. Coisas de uma mente criativa. De uma mulher insana. Ou tudo pode ser uma verdade inventada. Uma mentira crível. No meu universo a relatividade impera absoluta. Poesia e fantasia pontuam a realidade. E se hoje sou o retrato da tristeza, amanhã eu renasço sol e vou tomar banho de chuva. Aprendi a amar essa velocidade absurda das mudanças. Uma vida em montanha russa. Não! Por favor, não acredite em nada disso! Eu sou bailarina. Fluido corpo em denso tango a bailar pela vida afora. Sou rio. Correnteza brava que lava e molda as pedras do caminho. Leve e intensa sou a protagonista de uma existência etérea. Tecelã de palavras tolas. Eu construo mundos diversos. E diversamente vou existindo nas minhas estrofes trôpegas. O que há de mais belo nessa vida é a certeza do incerto. Nada é o que parece. E tudo pode ser exatamente aquilo que você crê.
*Si*