Lua
Sou lua!
Estou nua...
No universo das minhas emoções
Ora tão CHEIA de si
Repleta de convicções
Ora tão MINGUANTE
Indo a míngua de uma constante...
Recorrentes sinapses auto destrutivas
Uma chuva de meteoros em minha direção,
pairam sob a atmosfera densa e pesada do meu céu
Sou refém e também sou réu
E nessa nebulosidade
Que me ofusca a visão
Não vejo uma saída
Uma rota de colisão
É iminente em minha direção
Meu fim é alta(mente) previsível
Contudo, é só por um triz...
Não sucumbi!...
Um resquício de luz
De uma estrela qualquer
(ESPERANÇA), outrora em brilho reluzente
Surge bem à minha frente
Sutilmente sou atraída a gravitar em sua órbita
Sou NOVA, nova(mente)...
E sigo numa CRESCENTE
Meus horizontes se abrem
Não precisei ir para longe
Nem despedir do meu universo
Sou UNI, sou Verso e inverso de mim mesma
Nada muda, nem permuta... nada se desalinha sem o meu aval
Sou meu mal
Sou minha cura
Depende da órbita em que eu queira gravitar
Nas várias FASES do meu SER...
Porque dói crescer...
Evolu(ir) é difícil!
Mas necessário
Todavia, conforme o UNIVERSO se expande(evolução)
Diminui sua complexidade(entendimento)
Ele se agiganta para caber dentro de si.
Conforme ele diminui(desmotivação),
se encolhe tanto a ponto de COLAPSAR(interiorizar)
lança seus fragmentos
Um deles torna-se imperial
Meu próprio SATÉLITE
Sigo em espiral
E então sou LUA de novo
O caos desaparece
E cada coisa está em seu devido lugar
Voltei a reinar...em céu interestelar(mente).