Brumas

Seu sorriso é como um amanhecer

Após uma noite de chuvas

A beleza dela mais parece

Uma deusa grega jovem de passagem

Se os fios dos seus cabelos voam ao vento

É porque ele não se contentou

Com aquilo que ele sentiu

Brumas vão e voltam

Todas as vezes naquele mesmo horário

São seus olhos que falam as mãos

Tudo o que elas devem fazer

Seus olhos são bonitos

E bonitos são os seus olhos

Se ela reflete os quatro fazeres da lua,

E daí que há tantos eclipses?

Sua quietude não é maior

Que o poder de sua criação

E ainda assim, de um jeito seu

Entre brumas, névoas e nevoeiros,

Ela reflete as quatro fazes da lua.

Entre fios e tecidos, agulhas

Tesouras

A primeira vez que a vi

Eu logo percebi

Que ela sorri com olhos

E aqueles que sorriem com olhos

Sabem falar com o coração

Sua calma no pensar

Seus conselhos disfarçados

Seus cabelos trançados

Brumas ventam aos olhos

Imagens e lembranças

Os ventos brumam.

Hugo Deff
Enviado por Hugo Deff em 12/07/2023
Reeditado em 22/11/2024
Código do texto: T7835620
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