Cruz&Espada

Entre o silêncio e a poesia, as palavras fazem armadilha, me pegam na encruzilhada. Dos cacos faço pacto. Deixo nascer em liberdade. Versos esvoaçantes. Frases soltas feito balões em um dia de céu azul. Sentimentos ao vento. Pés descalços na areia fofa. Alma exposta. Uma verdade inventada. Nem sempre são palavras novas, lustradas. Dificilmente encontram o encaixe perfeito. Cruzadas, desenham uma forma inesperada. A flor do cacto. Um traço marcante de uma inspiração minha, só minha. Eu sei, às vezes sou repetitiva. É mais de mim. Mais do mesmo. Sou intensa. Deixo esvaziar-me. Mergulho na escuridão. Outras palavras vêm. Enrodilham meu corpo feito planta carnívora. Não me dão sossego. Até que sob a luz de um novo dia de sol eu dou forma a outra construção. O pacto está feito. Não sei se honro um presente a mim concedido. Ou se acredito em tudo que invento. Me faço poesia, sigo com o olhar atento, e doce, sobre o caos de todo dia.

*Si*

Simone Ferreira
Enviado por Simone Ferreira em 12/07/2023
Reeditado em 13/07/2023
Código do texto: T7835278
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