Balança
Libriana desequilibrada… Sou uma mulher de extremos. Tudo em mim é muito. Às vezes intensidade. Noutras ansiedade. Quase sempre medos. A coragem vem feito tempestade de verão.Vendaval que tira tudo do lugar. Impulsiona. Motiva. Conquista. E desaparece às primeiras cores do arco-íris. Então eu volto pra caverna. Protegida. Segura. Inútil. Exausta. Nem imagino quando minha ursa branca, linda, majestosa virá me resgatar. Serão longos dias de hibernação, sono, muito sono. Resistência. Paciência. Fé. Até que o medo seja domesticado. Daí eu saio para dançar. Porque eu preciso de sol, muito sol. Sou movida à intensa luz do céu azul, limpo. Só a partir daí vou me lembrar que sou extremamente incrível. Intensamente interessante. Exclusivamente única. E tudo renascerá. Assim nos movimentos exagerados da balança desajeitada do viver. Nos altos e baixos intensos de existir desse jeitinho… Entregue a mágica da vida, sentindo tudo à flor dos arrepios da pele.
*Si*