Acredite se quiser
Que existe uma fenda no nosso interior
Por ela, irradia vida
E vida em abundância
A mesma que move tudo que há
Faz da gente um instante
Relógio não
Bendito o dia que fui concebida no ventre de minha mãe
Bendito o ventre que de lá fui ejetada
Para este mundo de expurgo
Sameado de dores e ilusão
Fui nele
Esterco, à principal pedra preciosa da esquina
Hoje
Reluz em casa, a aurora do novo, que tanto clamei sentir
Como papai estava, antes de partir, vivia
Pudera ter servido a ele num cálice
E ele antecipado a completude
Me visto
Antes de partir
Liberta
Hoje, o tenho acalentado no coração
Foi regado por aquilo que me significou
Amor Divino
Quando coço as feridas, sendo secas pela cura interna que remonta o ser, ouço a cantiga que me sinaliza onde estou a me remanufaturar
E choro
O choro da graça
Quietinha no Lar.
Namastê