Acredite se quiser

Que existe uma fenda no nosso interior

Por ela, irradia vida

E vida em abundância

A mesma que move tudo que há

Faz da gente um instante

Relógio não

Bendito o dia que fui concebida no ventre de minha mãe

Bendito o ventre que de lá fui ejetada

Para este mundo de expurgo

Sameado de dores e ilusão

Fui nele

Esterco, à principal pedra preciosa da esquina

Hoje

Reluz em casa, a aurora do novo, que tanto clamei sentir

Como papai estava, antes de partir, vivia

Pudera ter servido a ele num cálice

E ele antecipado a completude

Me visto

Antes de partir

Liberta

Hoje, o tenho acalentado no coração

Foi regado por aquilo que me significou

Amor Divino

Quando coço as feridas, sendo secas pela cura interna que remonta o ser, ouço a cantiga que me sinaliza onde estou a me remanufaturar

E choro

O choro da graça

Quietinha no Lar.

Namastê

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 09/07/2023
Reeditado em 09/07/2023
Código do texto: T7832756
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