Entre o concreto e o virtual...

Entre as frestas das arvores a luz...

Chuva de partículas coloridas coroando o pequeno paraíso.

Canções de ninar e lendas a cada ruído, ouvido.

Ah! Magia...

No meio de um barranco uma toca. Será de onça?

Entro e me enrolo como um feto.

Medo. Coragem. Nada disso importa.

É um descanso: quem sabe uma prévia da morte.

Uma linda cabocla aparece.

Deita comigo e me aquece.

Toco seus cabelos negros e seus lábios carnudos.

Iguais às frutas desta floresta.

Acordamos, e de mãos dadas saímos correndo.

Nus, assim como a cachoeira, mergulhamos na água gelada.

Amor e alegria respingam nossas almas.

O êxtase em todas as suas formas envolve nossa pequena existência.

Colisão entre o trem bala e a Maria Fumaça.

O tremor remexeu a terra pelas raízes.

A toca arrebentada me cospe para longe.

Pânico e dúvida! Será que eu e o bosque somos virtuais.

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 18/12/2007
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