DENTRO DOS SONHOS VIVOS
Criança, eu não sonhava... Eu vivia dentro de sonhos ... vivos sonhos infantis! A vida era um sonho, mas eu não sabia . Sonhos solitários, a bem dizer, mas eram lindos, me aprazia, me preenchia:
Corria atrás das borboletas em volta da choupana, no terreiro de barro vermelho...
Ouvia a sinfonia das cigarras, seus cantos agudos feriam meus tímpanos...
Sentava no batente do casebre, no entardecer. Volvia meu olhar no horizonte silencioso, no seu último suspirar... Até que a cortina cinza cobria totalmente a abóbada celeste, e um manto bordado de estrelas cintilavam em pisca pisca multicor! Eu não sonhava... era parte do sonho.
No descanso noturno - na rede - sentidos em alerta... por entre as sombras dos interiores, olhava com cismas imagens, quais espectros me rondando... Ouvia o canto dolente da mãe da lua, tão distante!... na minha inocência pensava ser o eco lastimoso de uma mulher, desconhecia o dito pássaro. Meu coração de criança sentia, e adormecida assim nesses cantos sui generis de ninar... Sonhos vivos... pura poesia... eu não sabia... apenas vivia...
Criança, eu não sonhava... Eu vivia dentro de sonhos ... vivos sonhos infantis! A vida era um sonho, mas eu não sabia . Sonhos solitários, a bem dizer, mas eram lindos, me aprazia, me preenchia:
Corria atrás das borboletas em volta da choupana, no terreiro de barro vermelho...
Ouvia a sinfonia das cigarras, seus cantos agudos feriam meus tímpanos...
Sentava no batente do casebre, no entardecer. Volvia meu olhar no horizonte silencioso, no seu último suspirar... Até que a cortina cinza cobria totalmente a abóbada celeste, e um manto bordado de estrelas cintilavam em pisca pisca multicor! Eu não sonhava... era parte do sonho.
No descanso noturno - na rede - sentidos em alerta... por entre as sombras dos interiores, olhava com cismas imagens, quais espectros me rondando... Ouvia o canto dolente da mãe da lua, tão distante!... na minha inocência pensava ser o eco lastimoso de uma mulher, desconhecia o dito pássaro. Meu coração de criança sentia, e adormecida assim nesses cantos sui generis de ninar... Sonhos vivos... pura poesia... eu não sabia... apenas vivia...