Que eu veja!

Óh, Sopro Divino! Que desenhou minhas formas, que sustenta, e dá vida aos átomos que me toma!

Fizeste-me numa tarde que esvaecia, deixando em meu ser, seu dia inteiro não nascido.

Fez-me dum redemoínho. Desde então, segue no propósito, deslocando-me ao seu Livre Arbítrio Soberano, aquilo que sou para um propósito, emitindo estímulo, e impulso para o eu pequeno que me materializa querer-Te, realizando a vontade segundo Teu querer amoroso.

Vem sempre à luz do entendimento, que o sentido maior do sentir e realizar, sobrepuja o gosto daquilo que é produzido pelo ego, à segunda escala de satisfação.

Vivo num repouso , que vive dividido entre a intrepidez para o realizar, e a prontidão para o aprender a soltar, e à conquista da aptidão para deixar tudo , e voltar para Casa.

No repouso, este estático que sustenta meu ser a fazer o que faço, da sinergia do movimento e do repouso, líquida qualquer ato involutivo, o que me dominou na cegueira, e que hoje, busca reflorestar no ser suas sementes.

Sopro Divino Soberano! quando for tarde, e Eu tiver que ir, rogo a mim mesma, que tenha assimilado o desapego.

Que a passagem que deverei fazer, seja o resultado do aprendizado de todo processo de vida a qual embrenhei, saindo da Terra, esta que me recepciona, como uma brisa suave do final de uma estação primaveril.

Que eu veja!

Amém

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 04/07/2023
Código do texto: T7829098
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