Um soneto torto
Haja pois o dia que nasce
Que depois de noite tenebrosa
Ao olhar atento da coruja
Não perdure a dor sentida do adeus
Que sob novas esperanças
Remotas ou vindouras
Quem saberá a resposta correta
Pois que de inesperado encontro
Faça surgir novas emoções
Na noite insone vivida
Pensamentos invadem a alma inquieta
Que vele a coruja a lua no céu
Que vele o coração o amor perdido
Ao caminhar por estradas sem pavimento
Que aos pés não fira a pele as pedras no caminho
Pois que afastadas cada qual
Possa o viajante chegar ileso
E eis que tal qual o navio chega ao porto
Que chegue salvo e seguro
O caminhante ao destino proposto
Novo amor ou superado rompimento
Que seja o que deverá ser
Pois ao fim de uma jornada
Outra se inicia ao primeiro passo