Novos tempos
Do alto de sua torre
O Rei
Como quem domina vidas e mortes
Num arroubo de arrogância divina
Como se tudo lhe devesse obediência
Determina
E tudo se transforma em caos
A vida finda-se numa sútil perda de essência
O corpo
Trêmulo porque as forças se esgotam
Num ato de inesperada resistência
Como se tudo dependesse daquele minuto de rebeldia
O corpo
Como se rompesse o dique
Reage
e tudo se reorganiza
E o Rei
Todo poderoso do alto de seu castelo
Sabe que nada será como antes
Sabe que no alvorecer de novo dia
Novas formas de viver
Novos modos de conviver
Novos tempos
Novas determinações