Succubus
Ela carrega uma beleza fúnebre. Ela cheira à morte. Não posso ser para sempre como uma pedra, onde afia as suas presas. Ser mais uma taça, para saciar sua febre de escárnio. Apenas conserva uma cara de cordeiro, mas esconde um lobo sedento por sangue. E cedo ou tarde, ela vai cavar a sua cova.
Hoje não está de preto, veste vermelho para ludibriar, para atemorizar. Adentrou a capela, e como é fácil sentir a coisa horripilante que carrega consigo, ela é vazia como uma tumba e tão fria quanto hidrogênio no polo Norte. E sempre à espreita de uma próxima vítima.
Soa pilhérico, mas parece um espelho, uma autodescrição... Eu sou um Succubus para mim mesma. Mas de qualquer forma, tome cuidado, no fundo, todo mundo vive querendo ser tomado, e, realmente, neste ponto, não queremos decepcionar.