VESTIMENTAS DOS NOSSOS MOMENTOS (prosa poética)
Os nossos momentos têm duas vestimentas: Parte das horas ele se veste com um manto claro, beirando o dourado da estrela mais brilhante e é chamado de dia. Em outra parte de horas veste-se com o manto escuro realçando os brilhos de bilhões de outras estrelas e é chamado de noite. As duas vestimentas provocam contrastes.... Para mim os mais importantes contrastes:
Quando está dourado, é para me deixar em êxtase. Enche-me com a sua visão: Os raios do Sol chegam na sua pele negra produzindo lumes. Realça, o seu sorriso de mulher e o seu charme de menina que parece querer se perpetuar. Deixa amostras de olhares marotos que visam anunciar-me futuras aventuras. Muitas das vezes são batalhas, que somente nós sabemos, que delas não existirão perdedores. Criamos códigos, decifráveis apenas quando nos tornarmos eternos amantes.
Os nossos momentos têm, sim, duas vestimentas...
Ao vestir-se com o manto escuro seu objetivo e deixar-me o seu amante. Provoca a plenitude do sabor da sua presença pelos meus toques na maciez da sua pele aveludada; torna-me um cavaleiro de conquistas a me fortalecer conquistador e conquistado. Decifra-me os códigos planejados. No seu manto escuro o nosso momento é a existência necessária à vida: Eu torno-me o seu menino, torno-me o seu homem, torno-me o seu amante.
Existe somente, sim, os nossos momentos com suas duas vestimentas. Eles usam em doze horas uma e em mais doze a outra, somente para sermos felizes e únicos, ora!