Embriaguez poética da saudade
Embriaguez Poética da Saudade
Em devaneios de minha mente atormentada,
Embriagada pela saudade que me dilacera,
Os pedaços do meu ser são lançados ao nada,
Num mar revolto, a solidão me espera.
A cada gole que a memória me traz,
A dor aflora em ondas de melancolia,
Sou um poeta desfeito, perdido na paz,
Numa dança triste entre a razão e a fantasia.
Na embriaguez das lembranças que me assombram,
A saudade se insinua, me entorpece e seduz,
Em pedaços meu coração se descombina,
Buscando abrigo em versos que jamais traduz.
Desse caos, brotam versos em desalinho,
Palavras rasgadas, fragmentadas de amor,
A saudade, cruel mestre, inspira meu caminho,
Transformando em poesia o pranto do meu ardor.
Assim, embriagada pelas lágrimas que derramo,
Componho versos tristes, mas cheios de emoção,
A saudade, a musa insaciável que reclamo,
Alimenta minha alma na eterna solidão.
Que a embriaguez da saudade em pedaços me guie,
Pelos labirintos da memória e do sentir,
Na dança da poesia, minha essência revive,
E encontro na escrita um modo de existir.
Rô Montano _________✍️