DESAFIO CUMPRIDO
(crônica de versos livres desafiados)
(ao amigo poeta e pernambucano)
Tenho um amigo, poeta, que vive a pisotear a areia na praia de Boa Viagem acalorada pelo sol. Cria um poema e corre ao mar. Outro poema, outro mergulho. Vida boa!!
Trocamos desafios. Da praia, manda-os. Recebo-os e, do meu gabinete de trabalho, retorno respostas e imponho-lhe temas desafiadoras. Assim vivemos, amigos, desafiadores.
Recentemente e ousadamente, impôs-me a versejar sentimentos sobre a Diarreia. Missão quase impossível tornar poema o que por natureza não será afetuoso ou carinhoso, sendo, apenas, o único fenômeno mais rápido que a velocidade da luz desafiando a Relatividade. É uma sensação que não merece versos, uma inapropriada condição aos temas, aos versos livres ou às conversas românticas. Porém, se existem palavras existem saídas aos inapropriados desafios...
Meu amigo, caro poeta!! sempre torrado de sol, aconselho-o a não subestimar o meu alerta em versos:
— “Se uma Diarreia em você se achegar, apinche-se ligeiro no primeiro banheiro, e se não o encontrar, nem se preocupe com o papel higiênico, tratando-se de mergulhar bem profundo no mar.
E, quando, sair das águas aliviado, senta na areia tendo nas mãos caneta e papel, para me apreciar com a sua arte ao aceitar o meu próximo tema-desafio: “O Mar é o Meu Banheiro?”.
Caro, amigo! Ficarei em Jundiaí, sem praia de mar, mas com magníficos pores do sol a chegada em versos da sua resposta.