ULTIMO ADEUS

Amada Irmã 

Angela Cristine Berghahn

22/06/1961 - 20/06/2023

 

 

A noticia se alastrou, de certo modo se esperava, um ultimo adeus se previa e já bastante sofria de AVC  hemorrágico. A família se juntou num pranto de tristeza, lamentando a sua despedida, tendo em conta a plena certeza, de ter cessado num ultimo suspiro de leveza, o padecimento e a angústia que se via num triste olhar esperando um dia tudo isto findar. A noite gelava os pensamentos e os indefesos corações, que se deixavam ir pelas emoções,  relembrando  as  melhores  recordações,  choradas e contadas com as mais diversas expressões.

O cheiro e arranjos de lindas flores que se difundia na mente, contrastavam com o sentimento interiorizado de cada um ali presente. Era o constante admirar e com as mãos cheias de ternura. Que ia passando na alma ali deitada,

que em paz agora descansava, deixando uma imensa saudade, de ser na verdade…Pessoa cheia de bondade e de uma inesgotável doçura. As palavras eram escolhidas e cuidadosamente proferidas, pelo sacerdote, que num modo brando, pronunciava as palavras de deus, Para dizer um último adeus da viagem feita para os céus… O tempo… esse não parava e a derradeira hora chegava, o frio e a chuva caiam, o vento soprava e levantava, folhas secas em forma de remoinho, conduzido a um inserto destino, que por aquela alma esperava. A última viagem foi consumada, conduzida de forma perfeita até ao seu termino local de morada, pela sua família e amigos ia sendo acompanhada, numa ultima homenagem a ser feita. Chegado o derradeiro momento, o tempo de súbito pareceu parar… O vento não mais se fez sentir, a chuva parou de cair e o frio não mais se sentiu no meio de um enorme pesar. O olhos encharcados junto do sol brilharam, seus raios por entre as nuvens passavam e os pássaros nas arvores cantaram… sim cantaram numa sintonia e harmonia fazendo o arco-íris surgir querendo também ele ouvir e assistir neste ultimo adeus, sorrindo e esperando de braços estendidos, para acolher e hospedar esta alma junto de Deus. O vazio se mostrou em forma de arrepio, quando o som divino mudou e a enxada na terra penetrou. Mudava de novo o cenário, o mais triste e difícil de se ver, quando os obreiros chamados de coveiros seu corpo fizeram descer. Num baixar de cabeças e abraços de compaixões, soltaram-se os prantos que teimavam em sair, agarrados em seus corações, dos que mais chegados eram, pedindo a Deus a divina força para este triste e difícil adeus.

 

 

Amada e bondosa irmã, deixando a eterna saudade, nesta ultima homenagem feita por este ultimo adeus.