Fugir sem volta!
Quantas saudades do que não vivi,
De abraços, de brisas marinhas,
Tantos carinhos fugidios arrepios,
Coisas sem proporção, lúdicas!
Falsidades e simulações inúteis,
A falta de um sonho real sempre,
As coisas do nada sem problemas,
As falas, felizes, risos, se foram!
Falta da vida à toa, do tédio,
Saber-se que somos um nada,
Uma redundância inútil, boba!
Sei que nada disto importa,
Mas, fazer o quê? Não sei,
Vou fugir de mim, sem volta!