INÚTIL ALFORRIA (versos livres)

Ela tem no olhar poesias e deleites enquanto nos calamos sendo um. Embelezamos as nossas noites com ela sendo os versos e eu sendo o silêncio dos prazeres intensos, que nos dificulta até os nossos sussurros mentais.

Nela, adoro as meiguices: Única situação em que me deixo ser o homem e o poeta juntos, abafando os meus gritos com os seus gemidos implodindo a minha existência, e quando tudo se consome, enquanto a Lua cansada de nos invejar parte pela ameaça do alvorecer; ela me liberta.

Libertar-me? Por quê?

Ó, é desnecessária a quebra de grilhões... Rasgo a alforria, pois por ela sou um feliz escravo, acostumado a açoites de beijos, um escravo que clama pela escravidão de eternos prazeres.

Ó! Aquele que nunca se deixou experimentar da escravidão do amor, viveu realmente com os seus desejos sentindo o doce gosto da liberdade sob açoites de beijos e carícias?

Arabutã Campos
Enviado por Arabutã Campos em 18/06/2023
Código do texto: T7816636
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