SONHADORA DE CINZAS (versos livres)
Ela chegou à avenida, jogou-se com alma na primeira Escola e entre Arlequins e Colombinas dançou; rodopiou; sambou; brincou; sorriu; cantou até a voz ser rouquidão e ninguém teve coragem de tirá-la ao perceberem que a sua única fantasia era a de ser feliz.
Porém...
Nas Cinzas, antes de quarta-feira deixar de sê-la, jogou-se na sua verdadeira Vida e chorou; lamentou; recolheu seus risos; rezou até a sua voz ser podridão e ninguém teve coragem de ajudá-la ao deduzirem que a sua única sina é a de ser pobre e infeliz.