Sonho perecível
Um tanto acolhedor,
É o silêncio da alma.
Abrange tantos aspectos,
Norteia-me –
A equalização da luz,
Não há porque questiona-lo.
Apenas sentindo a brisa suave,
Expandindo-se –
A plenos pulmões,
A paz.
Embora insular,
Neste mar...
Denominado vida,
Borbulhantes faíscas.
Prendo-me à nada,
Insuficientes as iscas.
Na essência alheia,
A validação desnecessária.
Sem qualquer represália,
Guia-me a felicidade.
Numa constante infinita,
Ponderando a profusão.
No peito a combustão,
Transbordando-me –
Entre outras dimensões,
O laço contrito.
A verdade consciente,
Deveras retumbante.
A luminescência constante,
Em diferentes fatos.
Inconcretos argumentos,
Desnorteando a mente.
Pleno cotidiano,
Envolvente prazer.
Reconhecido livramento,
Talvez esteja assinado.
Em algum manuscrito,
Considerada imperfeição.
O véu encobrindo o discernimento,
Com o tempo,
O melhor remédio –
Para a cura,
A sobrevivência translúcida.
Na face da Terra,
O renascer presente.
Um dia após o outro,
Até que aqui seja finito.
Almejo o renascimento,
Em alguma estrela.
Cumprindo o papel,
Ao qual me foi designado.
Nenhuma verdade é absoluta,
Na linha tangente da maldade.
Ao meu duro coração frio,
Já não existe alarde.
Trago comigo o reconhecimento,
De quanto é longa a estrada.
O que me for possível,
Rabiscando os rascunhos –
Transcreverei a jornada,
No sonho perecível.
***
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