PARA NÃO DIZER-ME
Eu sei de muita coisa mas não sou de falar.
Eu faço muita coisa mas não sou de dizer. Meu olhar pacato e frio é uma camada sísmica que vela o vulcão que adormece
em mim.
Normalmente ando a passos lento
mas sou ultramaratonista.
Em resumo não me julgue pelo o que aparento ser
Por aquilo que em mim se apresenta.
Pois nunca fui aparência
Em resumo acerca de tudo que dizem
de mim eu sou outra coisa.
Nem melhor, nem pior, nem diferente. Apenas outra coisa...
Seria ao meu entender
impossível para dizer-me em um poema, Numa frase, em uma noite ou em um dia,
Depois de uma bebedeira ou até mesmo depois de dez anos de convivência.
Eu sempre estou aprendendo e aprender para mim resulta em mudança. E eu nunca me canso em aprender
Aliás é meu único motivo para permanecer nesse mundo inútil e insignificante