Ao lado
De águas distantes
Veio a torrente de novos ocupantes
E o solo aqui
Antes terra de gente cuidadosa
Se transformou em martírio ainda vigente
Quem são
Quem são os donos legítimos
Jaz na memória quinhentista
Ainda fruto de teimosa posse
O roubo das matas e rios e cultura
Da gente outrora legítima dona
Desde solo Brasil antes apenas Paraíso
Arre! Gente que ignora o sentido de Terra mãe
Porque tudo trata com valor do vil metal
Àqueles que expulsaram sob arcabuzes e pólvora assassina
Saibam, nobres assassinos
Que deste chão não se reda um passo
E antes que finde o dia
Saibam, nobres assassinos
Junto estarei ao lado dos povos originários