MENINO DE VÁRZEA

É uma cena brasileira. Um campo seco, de muita terra e nenhuma vegetação. Por lá há um menino com algum fiapo de sonho. Com a bola a rolar sobre seus pés. Sonhando talvez com algum Maracanã a lhe saudar, a lhe render glórias e fortuna. A lhe garantir acesso a um mundo distante do barracão de nenhum luxo e proteína rarefeita. Talvez seja um sonho a sério, talvez seja só ilusão. Mas é o menino que joga bola, que quer fazer disso seu ganha-pão, escolheu ser artista do futebol entre todas as profissões. Sobre ele o céu e sua imensidão. Talvez o limite seja mais baixo que o céu. Talvez seja só até onde voa uma borboleta.