O MÍSTICO POENTE DE CADA DIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
O imenso rochedo a que ao longe se destaca
Impossível não percebê-lo
E de perto qualquer olho co’ele se impressiona
Na verdade, a mais linda montanha a situar-se na belíssima cidade
Quem resistiria em subi-la?
E lá em cima, um clima da estação outonal a afagar a pele
com sua brisa suave
E no céu ... nenhuma nuvem (totalmente despido ... puro)
E tudo era místico ... profundo ... indecifrável
No que s’havia ali apenas ... a Presença (inominável)
Que muitas vezes insistimos em dar-lhe algum ... “falso nome”
E o dia lentamente se dispersa
Oh! Quem n’ele realmente “viveu”?
Sim, quem não o deixou "passar batido"?
Ah! Deixa p’ra lá!
E a luz a se perder silenciosamente nos longínquos contornos
d’aquele majestoso e incrível cenário
Impossível a mente se perturbar n’àquela hora
A mente que no tumulto urbano facialmente é tragada (devorada)
E inadmissível estar-se “indiferente” e insensível ante toda
àquela beleza
(A não ser se alguém não possuir ... um’alma)
Oh, não! Qualquer alma naquel’instante se arrebataria
(Desde que estivesse, é claro, “viva” e atenta)
E tudo era tão somente calmaria ... serenidade ... mansidão
Uma “energia” dinâmica ... vivaz ... atuante ... e, sobretudo, pacífica
Seria o “Prana” ou mesmo o “Zen” de que muitos falam?
E de minutos em minutos um colorido se alternava no horizonte
Pela mão do sol a s’esculpir e a despedir-se por detrás das montanhas
Este que aos poucos sumia, enquanto seus raios agonizavam
A morte de mais um dia?!
E quantas alvoradas e ocasos já ali se fizeram?
(Os dias que vivem e morrem ... e ressuscitam)
Só Deus sabe a sua real conta naquilo que parecia uma
imagem surreal
Que lindíssima cena de luzes e cores!
Um verdadeiro espetáculo em que a alma de pé aplaudia
Naquele momento em que ela se percebia “viva de verdade”
E o pensamento se detinha [ali] ... em tudo
Aquele mesmo que nos tortura nas angústias e desesperos de cada dia
Findar o processo do pensamento é matar o “grão de trigo”
que deve necessariamente morrer (o mesmo que o Cristo d’ele falava)
E no som do silêncio na montanha a se ouvir os mais belos acordes
D’uma melodia sem princípio nem fim
Na perfeita harmonia de seu compasso
E que, somente nas raras horas vivas d’alma, se é capaz d’escutar
E a inalar o ar puro ... da liberdade ... da paz ... da Vida
Om ... Om ... Om ...
Shanti ... Shanti ... Shanti ...
Shalom ... Shalom ... Shalom ...
Paz ... Paz ... Paz ...
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 09 de junho de 2023
IMAGENS: Fotos tiradas pelo meu amado sobrinho e afilhado, Carlos Eduardo (o Cadu), no final da tarde no Pão de Açúcar no dia 08/06/2023
MÚSICA: “WAVE” – Tom Jobim (instrumental)
https://www.youtube.com/watch?v=2eTduHnjJfU
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FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS:
O MÍSTICO POENTE DE CADA DIA NO RIO DE JANEIRO
O imenso rochedo a que ao longe se destaca
Impossível não percebê-lo
E de perto qualquer olho co’ele se impressiona
Na verdade, a mais linda montanha a situar-se na belíssima cidade
Quem resistiria em subi-la?
E lá em cima, um clima da estação outonal a afagar a pele
com sua brisa suave
E no céu ... nenhuma nuvem (totalmente despido ... puro)
E tudo era místico ... profundo ... indecifrável
No que s’havia ali apenas ... a Presença (inominável)
Que muitas vezes insistimos em dar-lhe algum ... “falso nome”
E o dia lentamente se dispersa
Oh! Quem n’ele realmente “viveu”?
Sim, quem não o deixou "passar batido"?
Ah! Deixa p’ra lá!
E a luz a se perder silenciosamente nos longínquos contornos
d’aquele majestoso e incrível cenário
Impossível a mente se perturbar n’àquela hora
A mente que no tumulto urbano facialmente é tragada (devorada)
E inadmissível estar-se “indiferente” e insensível ante toda
àquela beleza
(A não ser se alguém não possuir ... um’alma)
Oh, não! Qualquer alma naquel’instante se arrebataria
(Desde que estivesse, é claro, “viva” e atenta)
E tudo era tão somente calmaria ... serenidade ... mansidão
Uma “energia” dinâmica ... vivaz ... atuante ... e, sobretudo, pacífica
Seria o “Prana” ou mesmo o “Zen” de que muitos falam?
E de minutos em minutos um colorido se alternava no horizonte
Pela mão do sol a s’esculpir e a despedir-se por detrás das montanhas
Este que aos poucos sumia, enquanto seus raios agonizavam
A morte de mais um dia?!
E quantas alvoradas e ocasos já ali se fizeram?
(Os dias que vivem e morrem ... e ressuscitam)
Só Deus sabe a sua real conta naquilo que parecia uma
imagem surreal
Que lindíssima cena de luzes e cores!
Um verdadeiro espetáculo em que a alma de pé aplaudia
Naquele momento em que ela se percebia “viva de verdade”
E o pensamento se detinha [ali] ... em tudo
Aquele mesmo que nos tortura nas angústias e desesperos de cada dia
Findar o processo do pensamento é matar o “grão de trigo”
que deve necessariamente morrer (o mesmo que o Cristo d’ele falava)
E no som do silêncio na montanha a se ouvir os mais belos acordes
D’uma melodia sem princípio nem fim
Na perfeita harmonia de seu compasso
E que, somente nas raras horas vivas d’alma, se é capaz d’escutar
E a inalar o ar puro ... da liberdade ... da paz ... da Vida
Om ... Om ... Om ...
Shanti ... Shanti ... Shanti ...
Shalom ... Shalom ... Shalom ...
Paz ... Paz ... Paz ...
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 09 de junho de 2023