UM NOVO CAMINHO
Gostaria de beijar a luz apenas porque é ela que serve de véu quando a poesia nasce. As mãos, os lábios e os gestos podem ser infinitos mas a luz mantém-se imóvel criando cumplicidade com todos os desejos, anelos e palavras. Tenho vontade de fazer dela um altar para a adorar em todos os momentos do meu dia ou da noite. Seja a luz do Sol, da Lua, dos candeeiros ou das velas que salpicam todos os cantos da casa. Pode ser em forma de vértice, de linhas paralelas ou ser completamente disforme. A luz é única e estende-se por todos os momentos fazendo deles algo único. Quando se apaga e fica apenas a penumbra, na memória tenho guardado os sonhos, desejos, momentos e todos os fragmentos que vivemos ou queremos ainda viver e todos eles têm algo em comum: a luz de um novo caminho.