FALSAS PALAVRAS
Escrevo num compasso melódico, vagueio sobre a escuridão dos dias, teimo sempre, longamente, demoradamente, teimo. O fim desconcertante apareceu com falsas palavras, respiro para te escrever e continuo o segredo é meu, teu e dos deuses que nos acompanham nas palavras gravadas, desmanteladas, desorganizadas, pausadas e arrepiadas como a boa desculpa deve ser. Para ti não há nada mais que sirva, nada mais que diga servirá para que te comtemples, para que entendas que a perda é terrivel companheira, à minha encontrarás o que procuras. Se me deres a mão, se não tiveres medo conseguiremos juntos entender as forças que se erguem contra nós. Se sacudires o pó do passado que ainda te suja a alma e me deixares entra nela e acomodar-me a um canto eu prometo que serei capaz de te seguir, serei capaz de erguer os braços e felicitar-te com um sorriso redondo enquanto as minhas mãos se erguem de alegria para bater palmas. Se tu souberes dar-me o real valor... se tu conseguires dar-te o real valor. Agora e para sempre serão três palavras no nosso vocabulário... Acusar-me de testar teus valores, ou de falar mentiras, acredito ser um deslize de dizer o que não querias. E encontrou um modo muito fácil de livrar-se de tua infantilidade. Até entendo. Mas jamais acuses alguém por fantasias de tua mente. Jamais escreva palavras falsas que não quer magoar ninguém se estas a magoar quem te ofereceu a mão. Sejas adulta e repense seus atos, pois trato todos igualmente e a todos respeito. Não sejas injusta com uma situação que você mesma criou. Falsas palavras não entram em meu vocabulário.