"DIAS RUINS EXISTEM. ACEITE ISSO"

 

Essa frase não é uma imposição, ou uma orientação com relação a compreender que nem tudo são flores.

 

Até porque, por mais bem-intencionados que possamos ser, não somos os donos da verdade, tampouco os mais aptos para indicar o melhor caminho a ser tomado por cada um.

 

Cada um deve saber o que é melhor para si, ou até mesmo gostar de viver na sua própria fossa, curtindo um pouco do seu masoquismo.

 

A verdade é que nem tudo na vida vai seguir uma rota linear, de acordo com os nossos desejos.

 

Muito pelo contrário. Em determinados momentos, tudo vai parecer fugir do nosso controle, ocasião em que nos daremos conta de que temos uma falsa percepção de vivermos em segurança.

 

E quando eu me refiro à falsa percepção de segurança, não é no sentido de que estamos expostos a um mundo violento e inclemente, mas sim no sentido de constatar que não temos o domínio de tudo.

 

Em resumo, vamos nos decepcionar, vamos sofrer. Mas a vida ensina.

 

Ensina que mesmo as pessoas que mais amamos vão nos machucar.

 

Esclarece que nós, em muitos momentos, vamos ser orgulhosos e, por conta disso, incapazes de compreender os problemas de um amigo querido, ou de uma outra pessoa próxima e igualmente importante.

 

Vamos, também, nos sentir preteridos pelas pessoas com as quais compartilhamos de uma profunda e sincera consideração.

 

Mas tudo isso vai fazer parte de um roteiro escrito pelo destino, de um capítulo específico chamado amadurecimento.

 

E, assim, no capítulo seguinte, intitulado aceitação e perdão, se tivermos a clareza suficiente, bem como o desprendimento necessário, vamos sorrir e agradecer pelo dia anterior problemático.

 

Mesmo porque, se resignar diante das dificuldades não é uma prova de covardia ou de passividade.

 

Se resignar é superar, ser persistente, sabendo que, caso os próximos dias sejam ruins, ou pesados, ao menos teremos mais força para suportar as oscilações, incertezas e provas de um mundo que nada mais é do que uma escola da vida.