Xô, dores depressivamente contristadoras!...
Eis que finalmente eu mesmo sinto que estas minhas especialíssimas dores começam a me chegar com maior assiduidade e agudez... Geralmente, são dores variadas no seu aspecto físico, mas uma delas se me manifesta em caráter especial: Sabem aquela dor que adora atingir diretamente a alma dos seres mais sensíveis?
Pois é...
Quando sei que aquelas primeiras dores, as dores que nos remetem aos hospitais, médicos e farmacêuticos, elas realmente podem evoluir até a morte do corpo. Mas somente esta dor recorrente e terrivelmente depressiva, que chega a atingir o talo da alma situado ali nas misteriosas, sensibilíssimas e humanamente generosas cercanias que formam os naturais elos indestrutíveis entre a mente racionalmente dinâmica e saudável e os mais profundos recônditos sentimentais do coração, tal dor incessante e ainda cientificamente incurável em termos perenes, sou forçado a acreditar que ela tem a crudelíssima e mórbida capacidade de matar nossa consciência e bons sentimentos bem antes ainda que o corpo se entregue fisicamente... Mata, e mata murchando célere e completamente todos os amorosos portadores de boa alma e coração, esses que crédula e ou passionalmente se lançam de olhos fechados e corações escancaradamente apaixonados em todas e quaisquer relações pessoais que lhes aconteçam, bem tal como assim ocorre com os pequenos e indefesos seres naturais feito os animais e as plantas floridas que tanto alegram nossas vidas, quando tristemente perecem quase imediatamente ao serem abandonados sem água, luz, nutrientes e o primordial carinho dos seus então voluntariosos tutores.
Prestando um naquinho de amorosa atenção, cotidianamente logo vemos tantas e tantas pessoinhas de semblantes tristes e cabisbaixos, andando trôpegas pelaí, feito robozinhos em final de bateria...
...Quando então já perderam até mesmo o encantador viço pessoal e os alegres movimentos das humanas e amorosas interações dos seus antigos encontros convivacionais.
Também quase certamente, e isso se pode ver notoriamente nos seus olhos murchos e sem brilho, perderam já até mesmo a humanamente necessária garra pessoal, esperança, espontaneidade natural e férrea vontade de viver e lutar as boas lutas da vida produtiva e evolutiva... Deveras salutar é a disposição para lutar boas ou sacrificantes lutas! Mesmo que ora perdendo, ora vencendo, ora empatando, mas sempre e sempre legítima e voluntariosamente retornando aos desafiadores ringues da vida, isso que verdadeiramente vale a pena ser vivido e revivido muitas vezes neste nosso plano secular de vida que o Bom Deus a todos nós indistintamente nos deu para que a vivamos intensa, amorosa e produtivamente, mesmo assim, muitas e muitas vezes caindo e levantando, pois quase sempre insistindo em viver ao sabor dos nossos também divinamente recebidos livres arbítrios...
...Merecidamente!
Desde que também assim vivamos e convivamos com os naturais resultados das devidas e correspondentes responsabilidades por nossos atos, livres escolhas, atitudes ou omissões.
Xô! contristadoras e depressivas dores de alma e coração...
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.