Chuva Primaveril
A chuva molha o vidro da janela do meu quarto.
Lágrimas incessantes lavam a minha face.
Sabe,tem chovido muito por aqui...
O clima fechou, densas nuvens de tristeza sobre meu céu pairou.
Pensamentos recobertos pelas neblinas da incerteza.
Esforço-me pra renascer sol, mas sol brilha, aquece, apetece... estou no escuro, envolta em uma atmosfera fria, impedindo quem quer que seja de se aproximar.
Estou a míngua, longínqua de tudo em meu entorno.
É tudo tão nebuloso!
Difuso... confuso... difícil de entender!...
Vivendo um saudosismo que talvez por ora possa trazer-me a lucidez tão requerida... parece que foi ontem... a todos eu saudava com um largo sorriso iluminado... mas este, tornara-se enferrujado... de repente, por causa dessa maresia a corroer-me todas as extremidades... meu mar está revolto, a maré subiu e tudo sucumbiu...talvez, muito remotamente ele se acalme, voltando a ser amistoso... e num horizonte azul anil, traga paz e refrigério.
Esperei a chuva cessar... esperei calma(mente) o sol despontar no céu.
Lancei um pedido ao vento: reverta em semeadura, permita eu desfrutar de um regozijar doce, sereno e profundo, deitada debaixo das sombras de gigantescas e majestosas árvores, sobre relva verdinha, a contemplar um lindo entardecer... enfeitado por flores dos meus devaneios, emanando pensamentos que possam metamorfosear o clima, estacionando-o na primavera, esta que minh'alma espera açorada, desassossegada por caminhar enfadada... ensejo que esta estação se prolongue, e leve embora toda aflição...tudo torna a florescer e frutificar depois que a tempestade passa, e essa certeza já é suficiente para eu me acal(MAR).
》Nota: Essa prosa poética se encontra no meu livro Das flores que ninguém COLHeu.
Interessados podem contactar-me pelo email.
Dia dos namorados chegando, livros sempre são bons presentes.