Vermelho
Vermelho foi o sangue extraído das minhas veias arteriovenosas.
Vermelho é o pôr do Sol no horizonte que eu avistei do infinito mar.
Vermelho são os lábios da bela garota, que um dia eu beijei.
Vermelho é o urucum no meu corpo “indígena”, quando na guerra eu lutei.
Vermelho são as perfumadas rosas que plantei, colhi e as presenteei.
Vermelho é o Mar Vermelho, envolto montanhas rubras, que eu sei.
Vermelho é o Planeta Marte, almejado pela NASA e distante imaginei.
Vermelho é o guará-vermelho de Cubatão, por lá, aulas que eu ministrei.
Vermelho é o fogo, que queima minhas angústias e tudo que odiei.
Vermelho estão meus olhos fadigados e assonados, mas o sono não vem.