Vermelho

Vermelho foi o sangue extraído das minhas veias arteriovenosas.

Vermelho é o pôr do Sol no horizonte que eu avistei do infinito mar.

Vermelho são os lábios da bela garota, que um dia eu beijei.

Vermelho é o urucum no meu corpo “indígena”, quando na guerra eu lutei.

Vermelho são as perfumadas rosas que plantei, colhi e as presenteei.

Vermelho é o Mar Vermelho, envolto montanhas rubras, que eu sei.

Vermelho é o Planeta Marte, almejado pela NASA e distante imaginei.

Vermelho é o guará-vermelho de Cubatão, por lá, aulas que eu ministrei.

Vermelho é o fogo, que queima minhas angústias e tudo que odiei.

Vermelho estão meus olhos fadigados e assonados, mas o sono não vem.

 

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 31/05/2023
Reeditado em 31/05/2023
Código do texto: T7801632
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