Cogitações da alma
Em amar esta a razão de estar sempre sendo ego pensante.
Em viver a paixão silente entre os porquês de conflitos evidentes,
São perguntas afoitas de sólidas intenções nas cogitações da alma
que se apresentam em horários esparsos dos espasmos indagatórios.
Não se chora de saudade, se alegra na lembrança sofrida, apesar da dor sentida.
Um paradoxo! sentindo na pele a dor que que viveu, mas nem por isso morreu.
Jamais será o que nunca aconteceu, foi predição do acaso, no descaso .
Nas diásporas de horas que sumiram, ficou a esperança a vagar no fim do dia que foi.
Um grito silencioso de palavras, inexpressivas, que tentam justificar o nó na garganta...
Nos rabiscos do texto no papel de pão, no café do lado da rua dos encontros.
Enquanto isso alimento os pombos na praça ao pé da estatua memorial.
Cato as migalhas do pão que sobrou e dou aos pombos que trôpegos se ajuntam afoitos
Enquanto isso os pensamentos voam longe, e as nuvens formam imagens informes.