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A SOMBRA DA MINHA PAZ DE ONTEM
Quero deitar-me à sombra de ontem,
Aquela que me abrigou no horizonte
Da vida que vai se transformando.
Passos curtos, sem a antiga pressa,
Em espaços solitários, expressam
O desânimo do cansaço chegando.
A sombra de ontem, era aconchego
E meu poema guardava o enredo
Na página de rimas quase prontas.
E agora, esse desterro sem história,
Privou-me do direito à luta e glória
De libertar-me do mal que me afronta.
De onde vem esta estranha visita?
Em que ermos escuros foi nascida,
E em meu pequeno mundo se esconde?
Ah! Se me ouvirdes, Deus meu, vinde!
E do meu solo retirai o vil acinte,
Que roubou a sombra do meu ontem!
Najet, 27 maio 2023
(Este poema foi a minha interação na página do Poeta Carioca, usando o mote do próprio poeta).
Fonte: Revista Galileu.