Da admiração

Um dos sentimentos mais nobres!

Descritos em tantas palavras,

Jamais sob o timbre do juízo errante,

A corrigir que se está repetindo.

Quando as vidas se enchem de arrogância

As palavras jamais tornar-se-ão poemas.

Quando se revestem de prepotência

É o caminho de entrada na noite escura.

Então a penúria do desejo e do carinho,

Sem chegar ao novo alvorecer.

Na escuridão é fácil armar-se!

Mas o amanhã pode não mais existir.

Pode nem haver armas,

Mas bastaria a burocracia da vida a dois

E as palavras se tornariam enfeites de obrigação.

Então o desprezo!

Na admiração qualquer coisa perde sua naturalidade,

Reveste-se do espanto que nos atrai

E se transforma na força da paixão.

O declínio da admiração

É o início do adoecimento de dois amantes.