ORVALHO MATINAL
No suave despertar da aurora,
Quando o sol ainda se esconde em véu,
Desponta a magia do orvalho da manhã,
Um presente celestial que a natureza nos revela.
Das altas montanhas ao vale sereno,
Nas pétalas delicadas e nas folhas do chão,
O orvalho repousa como um beijo terno,
Espalhando sua doçura em cada confusão.
Em gotículas cristalinas, reluzentes,
Ele adorna a teia da aranha com esmero,
Enfeita as flores com diamantes resplandecentes,
Um tesouro líquido, puro e verdadeiro.
É o hálito fresco da manhã que se faz presente,
O toque suave que acaricia a natureza,
Um banquete para os olhos, um deleite constante,
O orvalho da manhã, poesia em sutileza.
É como lágrimas de alegria da própria Terra,
Um presente divino que a cada dia se renova,
Desperta em nós a esperança e a paz que encerra,
Uma canção silenciosa, mas que o coração comove.
Sob os raios dourados do sol que se ergue,
O orvalho se despede, como um suspiro final,
Mas sua essência permanece, semente que se aconchega,
Na alma, na memória, simplesmente eternizada.