Asteroides

Movem-se no espaço os espectros siderais,

Pela extensa vaga nua quanto escura.

Carregam em si seus sinistros minerais.

Obedientes se conduzem na vala obscura,

Contornando as fronteiras das estrelas matinais,

No extenso infindo do cosmo literal.

Esperam o momento enfim de seus pousos latitudinais

Onde possam repousar em lugar vivencial.

Descansam seus corpos imortais

Até uma próxima explosão colossal.

Como veleiros suspensos na imensidão espacial,

Vagam em rumos diversos,

Transpassando em cada canto desse universo,

Como se fora mensageiro celestial.

Em si residem substâncias para transformar,

Ou até quem sabe como ser poder existir,

Um mistério longe de podermos solucionar,

Um ciclo de eventos a resistir,

Onde o espaço tem seu próprio ritmo,

Na indesvendável lei do infinito.