Pungente

Eu te leio nas entrelinhas...

Nos mínimos trejeitos,

No pulsar inebriante

Dos acordes do teu coração.

Te guardo em um lindo relicário,

Em molde torácico.

Nem mesmo a sofreguidão

De dias turbulentos, permeados de agitação,

Serão capazes de desprender-me

Das ondas sonoras do nosso Amor.

Nesses dias, trafegamos de mãos dadas

Em baixa altitude

Que é para não despertar a fúria

Dos renitentes, dos invejosos, dos infames.

E de tudo que peleja

Pela nossa desarmonia.

Intrinsecamente, adornamos

O jardim do nosso amor.

Quaisquer rumores,

Vãs indelicadezas

Serão podadas.

Mesmo antes de se enraizar,

Antes de encolerizar,

Ou ousar murchar

Nossas belas flores.

Nossa seiva bruta,

Em labuta astuta,

Impermeabiliza

Toda vil tentativa

De invasivas ervas daninhas.

Despontam as primícias!

Em blandícias suntuosas,

Inefável e exuberante...

Refletimos em aquarela

O desabrochar incessante

Do nosso esplendoroso Amor.

Incólume e pulsante,

Em todas as estações,

Regamo-nos de sintonia.

Enlace de corpo e alma,

Entrelaçados por afeições

Dos nossos corações.

Vencendo dicotomias,

Entre Amar e sofrer,

Em consonância,

Sofremos de amor.

Fênix Arte
Enviado por Fênix Arte em 10/05/2023
Reeditado em 11/05/2023
Código do texto: T7785186
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