Não Adianta, Ela Não Desistirá
Não queiramos eliminar a causa
Ela impele para escolhas
Impõe decidir
Se queres, ou não
Não adianta tentar vadiar numa mornidão de vida sem sentido
Indo até ao absurdo da rima numa oração
Ou, na hipnose de um mantra
Fazer que não a ouve
Esbulhar terreno que já deu
Bisbilhotar na cerca, o vizinho
Para aprender como
Não adianta...
A causa, a semente que dá vida e anima
Pede escolhas
Não adianta viver no lodo, aprender viver no lodo
Para não atender a causa
Está onde não há
Nem vida, nem morte
Intocável
Vivo, ou morto. Sã, ou doente.
Ela nos sacudirá, como criança birrenta.
Pedirá que assumamos
O lugar na Seara
Não adiantará
O chororô de não quero
Porquê vim, pra quê estou aqui
A causa
Não desistirá de nós
Até que?